O processo de criação e as práticas, realizações, resultados, desafios e perspectivas futuras da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) estão relatados em artigo publicado na revista Biological Conservation (v. 240, 2019). Inspirada na Plataforma Intergovernamental Ciência-Políticas de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, a BPBES é a primeira iniciativa independente em nível nacional nessa temática.
O artigo tem como autores Fabio R. Scarano (UFRJ), Maíra C.G. Padgurschi (Unicamp), Aliny P.F. Pires (UERJ), Paula F.D. Castro (Unicamp), Juliana S. Farinaci (INPE), Mercedes Bustamante (UnB), Jean P. Metzger (USP), Jean P. Ometto (INPE), Cristiana S. Seixas (Unicamp) e Carlos A. Joly (Unicamp).
Criada em 2015 por um grupo de cientistas, a BPBES tem como objetivo principal desenvolver avaliações e relatórios especiais em coprodução e diálogo com atores de organizações governamentais e não governamentais no Brasil, porém sem depender da leitura governamental. Após três anos e meio de atividades, a plataforma surge como um elo que conecta várias organizações, atuando como uma cadeia de organizações de fronteira na interface ciência-política.
Ao navegar na arena socioecológica, envolve-se com as partes interessadas, tornando-se um importante e emergente participante na conservação e no uso sustentável de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos no Brasil. Diferentemente do painel científico regular, que produz relatórios de avaliação de tempos em tempos, a abordagem da BPBES prevê a atualização contínua e permanente de seus relatórios por um sistema que combina a consulta e o engajamento de vários atores, curadores de temas específicos, trabalhos de revisão e comunicação com públicos não especialistas.
Baixe o PDF do artigo https://doi.org/10.1016/j.biocon.2019.108227
Por Ana Paula Soares – Divulgação Científica Rede Clima